Confrontos entre supremacistas brancos e antifascistas estão cada vez mais violentos nos Estados Unidos. Mas o técnico de futebol americano Aaron Courtney preferiu fazer diferente. Durante uma manifestação supremacista na Universidade da Flórida, em Gainesville, Courtney, que é negro, abraçou um homem que vestia uma camisa com suásticas estampadas e questionou: “Por que você me odeia”?
O jovem abraçado era Randy Furniss, que já havia levado um soco no rosto de outro manifestante contrário à demonstração supremacista. Courtney escolheu a demonstração de afeto para questionar o ódio racial.
“Eu podia ter batido nele, podia tê-lo machucado, mas alguma coisa dentro de mim disse: ‘você quer saber? Ele só precisa de amor”, contou Courtney, em entrevista ao “New York Daily News”.
“Eu tive a oportunidade de conversar com alguém que me odeia e eu queria saber o motivo. Durante a nossa conversa, eu perguntei: ‘Por que você me odeia? O que eu tenho? É a cor da minha pele? Minha história? Meus dreads?’, questionou Courtney.
O jovem ignorou as perguntas, mas ele insistiu: “Eu tentei de novo e na terceira vez ele envolveu os braços em torno de mim e eu ouvi Deus sussurrar no meu ouvido: ‘você mudou a vida dele”, disse Courtney. Segundo ele, o jovem neonazista respondeu que não sabia o motivo do ódio.
A nazi and a black man…..America 2017 #SpencerAtUF pic.twitter.com/sSaG36EuOr
— Politics 4 Dummies (@Politics4dum) 19 de outubro de 2017